
A produção ficou, como no disco anterior, a cargo de John Ulhoa, guitarrista/compositor da banda. Gravado e mixado no estúdio que John e Fernanda Takai tem em casa, esse álbum é uma espécie de experimento de até onde pode ir a tecnologia dos estúdios baseados em computador, no intuito de produzirem música orgânica e não-mecânica. Tudo que se ouve foi gravado pelos 5 integrantes da banda, dos instrumentos modernos a medievais. Claro, sempre com a juda de samplers e outras maquininhas, como já é de praxe do Pato Fu. As pistas estão em toda parte. Sons da música mecânica mais primária como realejos e relógios estão presentes. Timbres de sequenciadores primitivos, baterias eletrônicas antigas, dos primeiros sintetizadores analógicos. A capa já nos dá a dica: um monstro eletro-orgânico-mecânico toca discos de vinil, produzindo borboletas. O Pato Fu em seu estúdio se tornou um pouco assim, usando tecnologias de ponta pra gerar sons simples e antigos, e gerando texturas complexas a partir de timbres básicos.
Essa banda sempre entrou em estúdio para servir à música. Dar a ela o que acreditam ser o que cada canção merece, sem se importar com rótulos. Nesse disco o Pato Fu encontrou esse ponto no qual melodias e composições se tornaram um foco. É um álbum em que a urgência e energia cedem um pouco de espaço pros timbres e harmonias. Sinal dos tempos, talvez? É o reflexo dos quase 15 anos de uma banda? Daqui pro futuro, é o que veremos…
Pato Fu: Fernanda Takai: voz John Ulhoa: guitarras, violões, teclados, programações e voz Ricardo Koctus: baixo Xande Tamietti: bateria Lulu Camargo: piano e teclados “Tudo Vai Ficar Bem” participação especial de Andrea Echeverri (Aterciopelados).
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